02 junho 2010

Menina mulher da cor de canela

A pequena menina da cor de canela
que sabe ser bela
ao seu modo de ser
Tem timidez que conquista
a todos na pista
e, apesar de não vista
faz paixão acender

A paixão do menino
moleque traquino
que vê no tracejo da bela menina
a coisa mais fina
centrada em beleza
 caráter, esperteza
e toda pureza que faz envolver.

Foi tanto envolvimento
idealização e sentimento
que só em seu pensamento o amor existiu.
O menino, tadinho,
acreditou em tudinho
Naquela falsa verdade
Que, por conta da idade, a consentiu.

O menino era eu
que agora cresceu
Na distancia do ausente ela reapareceu
mas sempre presente com seu brilho no olhar
Está diferente, madura e segura
mais inteligente
e continua a encantar

Seu nome é Marcela
mulher da cor de canela
que sabe ser bela
ao seu modo de ser
Produtiva e eficiente
com virtude prudente
Este é o meu parecer

Mas... como posso ter esse consentimento?
Será uma volta no tempo
daquele amor infantil?
Que discórdia é essa
do real e ilusão
o que agora é “paixão”
na idade viril?

Os dedos expressam sentimento
e descubro com tormento
que tudo não existiu.
Com o olhar numa tela
eu vejo a bela
que hoje era aquela
do amor infantil

O amor platônico distancia-me da realidade
mas para falar a verdade
prefiro acreditar
E hoje em dia o que há?
Seu cheiro não sinto, sua pele não toco
mas sua alma tem clareza
que dispensa destreza para decodificar

Ficarei esperando ela aparecer
Se um dia acontecer
Será eu e mais ela
A linda Marcela,
mulher da cor de canela
que sabe ser bela
ao seu modo de ser.
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Profissional de comunicação e administração. Músico percussionista. Sambista de alma e religião. Ator de teatro e televisão. Amante da arte. Fã de esportes radicais.